sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A verdade dos fatos

Senão vejamos. O metrô do Rio de Janeiro aumentou consideravelmente a quantidade de cidadãos que já podem se beneficiar com mais este excelente meio de transporte público. Quando criança, recordo-me que as estações da linha 1 iam de Botafogo à Saens Peña e umas poucas na linha 2. Hoje, além de várias novas estações, temos o metrô na superfície e outras tantas integrações, possibilitando ao usuário chegar a bairros por onde o metrô não passa. Um avanço muito grande em termos de transporte público, evidenciando o empenho de nosso governador pelo bem-estar da população.
É claro que sempre há e haverá os descontentes. Não basta se locomover com presteza, mas, se não houver ar-condicionado, o cordão dos reclamões põe a boca no trombone e a imprensa faz alarde de tão pequenino revés. Há ainda aqueles que pretendem se sentar após uma jornada de trabalho cansativa. Estes, porém, deveriam agradecer ter um trabalho, que afinal engrandece e dignifica o homem. O bilhete do metrô, a propósito, garante o transporte, não o conforto. Para quem está em busca de ar-condicionado, lugares vazios ou minimamente mais espaço numa viagem forçosamente em pé, mais empenho nos estudos e no trabalho redundaria em mais dinheiro e, em consequência, no poder financeiro para a compra de um automóvel ou o transporte via taxi. Não é possível que a população não enxergue como se articulam em prol de cada um de nós as políticas públicas. Tenho certeza, também, que se oferecerem preços mais caros para aqueles que pretedem viajar sentados, haverá a turma da oposição para prontamente reclamar, o que é de costume. Mas em todos os lugares não é assim? Os melhores lugares são sempre mais caros, ora.
Mas, para ficar apenas no que diz respeito ao metrô e ao transporte em massa e finalizar esses breves comentários, por que a imprensa não noticia o óbvio, ao invés de apontar defeitos inexistentes? O último absurdo noticiado foi a tentativa dos seguranças do metrô de garantirem viagem segura aos usuários, empurrando-os para dentro do vagão superlotado a fim de que a porta fechasse sem pôr em risco os viajantes. Que bom que há essa preocupação. Para quem quer mais espaço e continuar a usufruir do metrô, um bom regime seria uma solução, diminuindo assim os gastos com cerveja e sardinha, por exemplo. Mais uma demonstração da coadunação de nossas políticas públicas em todas as áreas, sempre a favorecer a população. No final das contas, a culpa é sempre da população, pois nossos governantes só não utilizam o transporte público para não ocupar o lugar do trabalhador. Nisso ninguém pensa e a imprensa faz vista grossa. Ou vocês não acham que o Sérgio Cabral adoraria trocar seu carro de luxo com motorista para se juntar aos eleitores que o elegeram para um segundo mandato. Ele adoraria viajar em companhia de seus eleitores, que certamente demonstrariam todo afeto e carinho que ele merece. Alguma dúvida?

Nenhum comentário:

Postar um comentário